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Uma vez Biquini, sempre Cavadão.



Desde cedo já começa a especular-se quem serão as principais atrações da Feira do Côco, em São Gonçalo, Distrito de Sousa-PB, o que, para mim, representa uma das melhores festividades da região. Antes mesmo de iniciar o evento, lá vamos nós aos pitacos de qual banda de rock será a próxima convocada. Pitaco vai, pitaco vem, eis que sai a programação da Feira 2011, deixando todo mundo boquiaberto ao ver que a banda Biquini Cavadão nos daria o ar da sua graça/som pela 3ª vez, 2ª consecutiva. Isso mesmo, os moçoilos estiveram por aqui em 2007, 2010 e agora, no dia 11/11/2011. Essa repetitividade deixou muita gente desgostosa, já que há ainda algumas bandas de rock no cenário nacional e o povo quer curtir esses outros sons. Eu mesma exclamei: “Biquini de novo! Se tornou a banda propaganda da Feira do Côco!”

Algumas pessoas me disseram que não iriam porque já tinham ido no ano passado. Confesso que também relutei na dúvida do “vou ou não vou”. Daí, de repente, me cai a ficha de que, no ano inteiro, todas as festividades sempre trazem as mesmas bandas, suas Garotas Suadas da vida, que eu faço questão de nem aparecer por lá. Por que então, quando finalmente um evento traz uma banda que fez e faz história no rock nacional, com seus 25 anos de carreira, e que deixam essa rapaziada de hoje no chinelo, eu me jogaria na ociosidade só por ter ido aos dois shows anteriores? Não, esse bisar de canções não me cansa, e quantos outros mais houver, eu irei.



 "Me deixe cavalgar nos seus desatinos,
Nas revoadas, redemoinhos,
Vento, ventania, me leve sem destino.
Quero juntar-me a você
E carregar os balões pro mar,
Quero enrolar as pipas nos fios,
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania,
Agora que estou solto na vida
Me leve pra qualquer lugar,
Me leve mas não me faça voltar...

(Vento Ventania)


Em meio a tantas pessoas, algumas que talvez nem sequer conheçam a trajetória da banda, mas que estavam cantando as músicas como se fossem hinos, pulando, curtindo; outras que talvez os acompanhem desde o começo; outras que, com gaiatice, se estranhavam querendo solucionar na porrada e tirando a paz dos que pretendiam curtir o show; e eu, além de eufórica por ter ficado em frente ao palco (turma do gargarejo), ainda divagava cá com meus botões: quanta história têm esses caras pra contar, e que satisfação a minha em estar ali, novamente!

Já dizem alguns amigos meus que quem faz a festa prestar é você mesmo, o seu astral, a sua vontade de se divertir. Sendo assim, esse foi para mim o 3º e melhor show do Biquini Cavadão! O corpo dolorido e a garganta arrasada são provas integrais disso.



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Quem era ela?


"O que estaria por trás daquele sorriso? Tristeza camuflada? Vingança? Frieza? Talvez fosse apenas felicidade, simples e óbvia. Mas quem disse que ela era óbvia? Se nem Freud conseguiu dizer com exatidão, apenas revelou que era um continente obscuro. Como ela, que nada entendia de comportamento humano, saberia indicar a saída do labirinto? Era como desvendar o sorriso de Monalisa.

Quantas habitavam sua mente, seus quereres e qual predominava?

Descobriu que as pessoas não mudam; ela não mudou. Continuava ciumenta, teimosa, encrenqueira e sabia ser doce, contar histórias, inventar personagens, mudar as lentes da realidade em busca do cenário do sonho...

Sentia saudade do cheiro da verdade, daqueles que dizem o que pensam, mas, principalmente, daqueles que não fazem a menor ideia de para onde estão indo, por não possuírem a arrogância dos que sabem tudo. Preferiu deixar suas gavetas internas bagunçadas; era assim que se achava.

Sentia as pinceladas do vento no rosto e gostava do arco-íris feito de riso. Ela era a pressa encolhida no meio da timidez ou a garra que a segurava na loucura... Todos os medos não cabiam na proporção exata; eram eles que a cobriam de luz e, às vezes, de escuridão.

Além de mulher, ela era o presente de um verão perfeito, o preto e branco ocasional do inverno e a presença inoportuna da primavera no meio de um outono esvoaçante.

Sim, ela preferia a incerteza dos amores amassados na gaveta do que a perfeição traiçoeira de um amor alinhado e démodé. Ela almejava as nuvens sem se importar com a indisposição da chuva, porque, além de secar-se sob o sol, ela pendurava todas as perguntas na cara do vento."


(R. Fagundes/J. Fuzetto)



/Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada,
Do tempo que transforma todo amor em quase nada.
Mas "quase" também é mais um detalhe.../


(Detalhes/R. Carlos) 




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