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Blues²


O que acontece quando um mestre do blues é convidado para tocar na festa de aniversário de outro mestre do blues, blues²?
O ano era 1989, Buddy Guy era o aniversariante e Stevie Ray Vaughan era ninguém mais, ninguém menos que o convidado de honra. Deu pra sentir o peso da potência? Buddy decidiu comemorar o "Happy birthday to you" junto dos amigos e de sua Banda no Buddy Guy´s Legend Club (seu clube de blues em Chicago). A festa resultou num álbum com quatro faixas apenas, mas fabuloso. "Stevie Ray Vaughan & Buddy Guy-It´s Still Called The Blues", recheado de improvisos de guitarra à la Vaughan, pra escutar com estilo! 


O resultado: Só conferindo!



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História 2008.1 - Posteridade




São tantas coisas pra dizer que nessas horas as palavras travam, talvez pelo fato de não querer aceitar a realidade: O momento da despedida chegou. Por muitas vezes pensei como seria quando esse dia chegasse e assombrosamente foi pior do que eu esperava, só de lembrar sinto um forte aperto no peito. Cinco anos convivendo com as mesmas pessoas, só podia eu ter me apegado demais! Vou lembrar sim de cada momento, os bons, os ruins, as farras, os fuxicos, as brincadeiras, as brigas, os altos papos sobre músicas e filmes, o jogo da forca, o UNO, os abraços, o carinho, o chororô na despedida...Tudo ficará guardado em doces lembranças. Nossa como passou rápido! Como vou sentir saudades!
Mas já que tem que ser assim, só me resta dizer um tchau com sabor de sorte e felicidades a todos os meus queridos amigos/irmãos. Que nossa união supere as distâncias!

Aos sobreviventes: Adriana; Alyne; Ana Paula, Anna Cynthia; Augusto; Cristopher(Pepé); Cyntya Jamille; Diego; Douglas; Francisca; Francisco; Geoge; Gislanea; Janaína; José Berto; Josenildo; Luciana; Nadja; Mikaelly Rhayanne; Mariana; Maria José; Maria Cirana(Laíse); Raiza; Rosiane; Rosimeire(Meirinha); Samara; Tamiris; Thays; Vivianne. E a todos que fizeram parte da turma (que foi escolhida a dedo) História-2008.1, minha enorme consideração e carinho. Foi uma honra ter conhecido vocês! Sucesso!


Amigo é coisa pra se guardar...




 Nos encontraremos por aí!


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George Harrison: Living in the Material World 






Nas minhas vasculhadas pela net dou de cara com o documentário sobre a vida do ex-Beatle George Harrison, lançado esse ano, já prontinho à minha espera. Logicamente assisti numa euforia louca suas mais de duas horas e meia de duração, que de tão interessante passaram num piscar de olhos. 
O longa, pra quem curte Beatles, rock e música é um prato cheio, e pra quem gosta desse moço de expressão peculiar está bem servido.

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Instintivo





...A face empalideceu e as mãos frias abraçaram a xícara quente do café que tomava antes da aula, como se quisesse esquentar sua alma trêmula de emoção por estar novamente em frente ao seu amado Erick. Quanto tempo passou até a última vez em que se viram! Tempo que serviu para confirmar o sentimento que Scarllet tanto queria fugir, pela agonia de não conseguir tirá-lo dos seus mais profundos pensamentos, pelo ciúme de pensar que o seu amor já não era mais recíproco. Sentiu fúria de sí mesma ao vê-lo acariciando a mão da moça que estava ao seu lado, sua nova paixão, imaginando que certamente o seu pedido para esquecê-la tinha obtido sucesso. 
Conteve-se, levantou a cabeça e olhou fixamente em diração a Erick. Olhavam-se como se não existisse mais ninguém ao redor, um olhar que dizia mais do que qualquer palavra que pudesse ser expressada em mistos de rancor e felicidade, apenas pelo entusiasmo de estarem próximos novamente, o sentimento que brota de almas que anseiam uma pela a outra, assim como a corça pela a água.
A amargura tomou Scarllet naquele momento, sentia necessidade de sair do recinto antes que lágrimas escorressem pelo seu rosto. Levantou-se e foi  até o balcão pagar o café que não conseguiu tomar sequer a metade. A presença de Erick a afetou de uma maneira que surpreendeu até a sí própria, com todo seu orgulho de mulher indomada. De repente sentiu alguém se aproximando de suas costas, o cheiro suave denunciou o jovem rapaz, o mesmo cheiro impregnado na camisa que Scarllet fez questão de guardar pelas lembranças dos momentos de amor e desejo, e que por várias noites serviu como lenço para suas lágrimas de saudade. Sim, o cheiro de Erick deixou-a sem ação, teve medo de ser imprudente outra vez, mas sentiu suavemente o toque quente dos lábios do amado em seu ouvido e sorriu ao ouvi-lo dizer:

-Foi em você que eu pensei durante todo esse tempo que estive ausente!



[...]

"Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredo
s de liquidificador..."

(Codinome Beija-Flor-Cazuza)



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Coisas que só eu sei



— “Quem quer que sejas” — disse o cetim — “não te gabo o gosto! Tomara
eu saber o que vês em mim, que tanta impressão te faz !”
 
— “Nada” — respondeu o veludo.

— “Então, deixa-me, ou diz-me alguma coisa ainda que seja uma sensaboria,
mais eloqüente que o teu silêncio.”

— “Não te quero embrutecer. Sei que tens muito espírito, e seria um crime de
lesa-Carnaval se te dissesse alguma dessas graças salobras, capazes de fazer calar
para todo o sempre um Demóstenes de dominó.


(...)

(Camilo Castelo Branco)


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Uma vez Biquini, sempre Cavadão.




Desde cedo já começa a especular-se quem serão as principais atrações da Feira do côco em São Gonçalo, Distrito de Sousa-PB, o que pra mim, representa uma das melhores festividades da região. Antes mesmo de iniciar o Evento lá vamos nós aos pitacos de qual Banda de Rock será a próxima convocada. Pitaco vai, pitaco vem, eis que sai a programação da Feira 2011 deixando todo mundo boquiaberto ao ver que a Banda Biquini Cavadão nos daria o ar da sua graça/som pela 3º vez, 2º consecutiva. Isso mesmo, os moçoilos estiveram por aqui em 2007, 2010 e agora no dia 11/11/2011. Essa repetitividade deixou muita gente desgostosa, já que tem-se ainda algumas Bandas de Rock no cenário nacional e o povo quer curtir esses outros sons. Eu mesma exclamei: Biquini de novo! Se tornou a Banda propaganda da Feira do côco!
Algumas pessoas me disseram que não iriam porque já tinham ido no ano passado, confesso que também relutei na dúvida do vou ou não vou. Daí, de repente me cai a ficha de que no ano inteiro todas as festividades sempre trazem as mesmas Bandas, suas Garotas Suadas da vida que eu faço questão de nem aparecer por lá, por que então quando finalmente um Evento que traz uma Banda que fez e faz história no Rock nacional, com seus 25 anos de carreira e que deixam essa rapaziada de hoje no chinelo, eu me jogaria na ociosidade só por ter ido aos 2 shows anteriores? Não, esse bisar de canções não me cansa, e quantos outros mais tiverem eu irei.


 "Me deixe cavalgar nos seus desatinos,
Nas revoadas, redemoinhos,
Vento, ventania, me leve sem destino.
Quero juntar-me a você
E carregar os balões pro mar,
Quero enrolar as pipas nos fios,
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania,
Agora que estou solto na vida
Me leve pra qualquer lugar,
Me leve mas não me faça voltar...

(Vento Ventania)


Em meio a tantas pessoas, algumas que talvez nem sequer conheçam a trajetória da Banda, mas que estavam cantando as músicas como se fossem hinos,  pulando, curtindo, outras que talvez acompanhe-os desde o começo, outras que com gaiateza se estranhavam querendo solucionar na porrada e tirando a paz dos que pretendiam curtir o show, e eu, além de eufórica por ter ficado em frente ao palco(turma do gargarejo) ainda divagava cá com meus botões: Quanta história tem esses caras pra contar, e que satisfação a minha em estar alí, novamente!
Já dizem alguns amigos meus que quem faz a festa prestar é você mesmo, o seu astral, a sua vontade de se divertir. Sendo assim, esse foi pra mim o 3º e melhor show do Biquini Cavadão! O corpo dolorido e a garganta arrasada é a prova íntegra disso.


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Quem era ela?



"O que estaria por trás daquele sorriso? Tristeza camuflada? Vingança? Frieza? Talvez fosse apenas felicidade, simples e óbvia. Mas quem disse que ela era óbvia? Se nem Freud conseguiu dizer com exatidão, apenas revelou que era um continente obscuro. Como ela, que nada entendia de comportamento humano saberia indicar a saída do labirinto? Era como desvendar o sorriso de Monalisa.
Quantas habitavam sua mente, seus quereres e qual predominava?
Descobriu que as pessoas não mudam, ela não mudou. Continuava ciumenta, teimosa, encrenqueira e sabia ser doce, contar histórias, inventar personagens, mudar as lentes da realidade em busca do cenário do sonho...
Sentia saudade do cheiro da verdade, daqueles que dizem o que pensam, mas principalmente daqueles que o fazem a menor idéia para onde estão indo, por não possuírem a arrogância dos que sabem tudo. Preferiu deixar suas gavetas internas bagunçadas, era assim que se achava.
Sentia as pinceladas do vento no rosto e gostava do arco-íris feito de riso. Ela era a pressa encolhida no meio da timidez ou a garra que a segurava na loucura...Todos os medos não cabiam na proporção exata, eram eles que a cobriam de luz e as vezes de escuridão.
Além de mulher, ela era o presente de um verão perfeito, o preto e branco ocasional do inverno e a presença inoportuna da primavera no meio de um outono esvoaçante.
Sim, ela preferia a incerteza dos amores amassados na gaveta, do que a perfeição traiçoeira de um amor alinhado e démodé. Ela almejava as nuvens sem se importar com a indisposição da chuva, porque além de secar-se sob o sol ela pendurava todas as perguntas na cara do vento."


(R. Fagundes/J. Fuzetto)



/Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada,
Do tempo que transforma todo amor em quase nada.
Mas "quase" também é mais um detalhe.../


(Detalhes/R. Carlos) 



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De Sentidos


Açúde Grande/Cajazeiras-PB (Paisagem que incentivou esse pensamento)



"Um dia ainda hei de ser capaz de me agarrar às asas 
de uma águia, e voar com ela. Levarei comigo um 
pedaço de noite na confusão da minha mala. 
Não posso esquecer de levar livros, canetas e papel. 
Raptarei alguns pirilampos, em cáusticas distrações 
nas videiras para que os possa admirar fascinada à noite! 
Levo algumas rosas, alecrim, para que o seu perfume e o 
sentido da Primavera perdurem..."


Há dias em que manifesto aquele anseio de sair por aí, em busca de desapegos, ou apegos, sentir a brisa acariciando minha pele, em qualquer demonstração de sentidos, sem hora pra voltar e nem precisar oferecer satisfações para ninguém. Eu já quis sumir de qualquer lugar em que estava, desejei chegar  no meu quarto, me enfiar no aconchego dos meus lençóis e nunca mais sair de lá. Já chorei até que meus olhos não fizessem mais questão de abrir e minha respiração se expusesse fraquejada. 
É certo que todos nós temos vontades e medos que jamais, nem eu e nem ninguém, algum dia possamos trazer à tona tais explicações. Há muito o que chorar e mais o que sorrir. Nos altos e baixos da vida o único ser capaz de aveludar o caminho somos nós mesmos com a força de vontade. De algum modo se percebe que a maior ajuda que obteremos é a que se esconde dentro de nós. A ajuda de pessoas tão importantes nos confortam, mas a fórmula está conosco, ocultada, aguardando a ocasião exata para apresentar-se.
Nesses alígeros momentos, que eu ainda me desprenda dos medos, conceitos, e me sobre espaço para fixar a bagagem. Custa apenas tentar!



"Se me agarrar a essa águia ficarei lá em cima, sim…
Onde o horizonte se confunde com o rendilhado 
Das nuvens que parecem fugir de algum sarilho também.. 
Se é para enlouquecer, quero enlouquecer nas nuvens..."



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Impassível





"Eu pensei ter ouvido você rindo,
Eu pensei ter ouvido você cantar,
Eu pensei ter visto você tentar... 

Mas foi apenas um sonho
Foi apenas um sonho..."


 (R.E.M.-Losing My Religion)


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Desígnio





"Toda noite e toda manhã, alguns para o sofrimento nascem.
Toda manhã e toda noite, alguns nascem para o doce deleite.
Alguns nascem para o doce deleite,
Outros nascem para a noite infinita."

(Filme: Dead Man)


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Por mim mesma





É mais fácil perceber as estampas sobre a tela, 
O tal intencionado sem as certas máculas camufladas,
Mas, nem as flores, nem as luzes amenizaram 
A extensão de um Setembro oblíquo, 
Por horas deserto. 
Foi-se, e vai-te em paz!
Por mim mesma.



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O que sobrou do nada




Nada fácil de aceitar, após fatigadas tentativas de reestruturação física, mental, emocional, que traduzia a única forma de não poder fugir. Deparar-se em fatos extremos de impiedade e frieza, que humanizada, de tanta beleza chega a ser robótica. Rompendo afetos que nem sequer chegaram a ter vínculos, mas, que muito dizia, apenas unilateralmente, e não necessário para se convencer de reciprocidade. Amando quem transparecia ruídos de  já não possuir sentimentos, há tempos todas as brechas estavam tampadas e o erro foi de quem não percebeu e escolheu mergulhar nesse desconhecido, atraente, mas transbordando perfídia. 
Enganos que o coração bloqueia para que se caminhe a esmo, longe dos fatídicos planos do destino, e ao despertar, lá do alto despenque no solo sem amortecedores, nisso, as mágoas espalham-se vorazmente destruindo a essência de um ser. Procura-se culpas e culpados como forma de amenizar a dor, em vão.
Por algum tempo ainda resistiu, mas o impacto da realidade deixou-o retraído, sem forças, percebeu que um único coração não pode pulsar por dois corpos, findou-se o conflitante retrato de mentiras na contramão, de canção sem notas, de olhar sem expressão, de beijo sem calor, de corpo sem alma. Ele apenas disse adeus ao que sobrou!



"Pintar outra foto preto e azul
Tomar outro momento um ou dois
Só para te esquecer...
Dê uma olhada em que costumava ser
Agora eu sou apenas um navio perdido no mar..."

  
(Goodbye To The Girl-David Cook)

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I'm Not There



"São sete regras simples pra se viver escondido:
1-Nunca confie em um policial com capa de chuva;
2-Cuidado com o entusiasmo e com o amor, os dois são temporários e mudam muito rápido;
3-Quando perguntarem se você se importa com os problemas do mundo, olhe bem nos olhos de quem te perguntou, a pessoa não vai te perguntar de novo;
4-Nunca dê seu nome verdadeiro;
5-Se mandarem olhar pra si mesmo, nunca olhe;
6-Nunca diga ou faça nada que a pessoa a sua frente não possa entender;
7-Nunca crie nada novo, você será mal interpretado, isso vai acorrentá-lo e persegui-lo para o resto da vida, e nunca vai mudar."

(Filme-I'm Not There)



"Esta é uma jornada nada convencional dentro da vida das várias fases de Bob Dylan...É um rico e colorido retrato desse sempre alusivo ícone americano. Poeta, profeta, marginal, fora-da-lei, um dissimulado, um astro, mártir do rock & roll e um cristão renascido – sete identidades trançadas juntas. Sete órgãos vibrando e explodindo na história de uma única vida. De jovem menestrel a profeta folk, de poeta moderno a roqueiro, de ícone da contracultura a cristão renascido, de caubói solitário a popstar."



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Coringa



AND HERE WE GO!


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Gloomy Sunday


Ouvindo algumas versões da música Gloomy Sunday chego a sentir um arrepio pela profundeza sombria que está por trás dela. Essa canção foi composta pelo pianista e compositor húngaro Rezsõ Seress e que tristemente foi associada a uma lenda urbana originada pela própria vida do compositor e que lhe deu bastante  notoriedade. Dizia-se que a canção trazia uma mensagem subliminar que levava as pessoas que a ouviam a cometer suicídio. Esse mito teve origem no suicídio do próprio compositor Seress, Tudo indica que foi por motivos amorosos, logo em seguida foi sustentado por uma série de suicídios por onde quer que esta música passasse (O mito ainda persiste até hoje). Esta “Hungarian suicide song” como era chamada quando chegou aos EUA em 1936, nas vésperas da 2º guerra mundial e ainda em plena ressaca da grande depressão que assolou o mundo com a quebra da Bolsa de Nova York de 1929, foi um dos primeiros casos de exploração publicitária de um mito urbano que a tornou em um enorme sucesso. Através desse cenário desolador que persistiu por alguns anos e trouxe complexos psicológicos e emocionais para uma população que já não encontrava soluções para seus problemas, é de se esperar que ao ouvirem a versão original de Seress deparassem-se com um ambiente de tristeza que atravessa toda a música e cuja letra ofertava um espírito de desespero e ausência de esperança.




Gloomy Sunday (Reszô Seress)

É Outono e as folhas estão a cair
Na Terra todo o amor morreu
O vento está a carpir com lágrimas tristes
O meu coração não mais esperará por uma nova primavera
As minhas lágrimas e as minhas mágoas são todas em vão
As pessoas são impiedosas, gananciosas e perversas...


O Amor morreu!


O mundo chegou ao seu termo, a esperança deixou de ter significado
Cidades estão a ser devastadas, o estilhaçar está a fazer música
Prados tingem-se de vermelho com sangue humano
Abundam mortos nas ruas
Direi outra prece silenciosa:
As pessoas são pecadoras, Senhor, elas cometem erros...
 
O mundo acabou!



Logo se tentou retirar o tom de desespero excessivo o qual resultou na substituição da letra original por versos menos dramáticos do poeta húngaro Laszlo Javor e depois surgiram duas versões em inglês: uma por Sam Lewis e outra de Desmond Carter. A versão de Carter é mais dramática e sombria e menos popular que a de Lewis, que ao meu ver é tão melancólica quanto. Lewis foi mais representado no meio musical por cantores como: Billie Holiday; Elvis Costello; Sarah Brightman; Björk; The Associates; Sarah McLachlan, Sinead O'Connor e mais alguns, mas sou fascinada pela versão da Heather Nova (Belíssima) 


(Cenas do filme Gloomy Sunday - Ein Lied von Liebe und Tod)


Gloomy Sunday (Sam Lewis)

Domingos são sombrios, as minhas horas sem sono
Queridas são as inúmeras sombras com as quais convivo
Pequenas flores brancas nunca te acordarão
Pelo menos não aonde a carruagem negra da dor te levou
Os anjos não pensam em te devolver jamais
Será que eles ficariam zangados se eu me juntasse a ti?
Domingo sombrio.

Tenebrosos são os Domingos passados nas sombras
O meu coração e eu decidimos acabar com tudo
Daqui a pouco haverão velas e orações que dizem saber
Mas não os deixem chorar, deixem saber
O quão feliz estou por partir. A morte não é um sonho
Pois na morte eu te acaricio com o último suspiro da minha alma
Eu te abençoarei.
Domingo sombrio.

Sonhando, eu estava apenas sonhando, Acordo 
e encontro-te a dormir no fundo do meu coração
Meu querido, eu espero que o meu sonho nunca te persiga
O meu coração me diz o quanto eu te quero.
Domingo sombrio.


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Será que...





Se eu deitar aqui
Se eu simplesmente deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria o mundo?

(Chasing Cars-Snow Patrol)

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Sociedade Dos Poetas Mortos


Aqui, gosto de mostrar minhas impressões sobre algo que me toca e alguém que já conheça o assunto possa se identificar, e se não conhece, talvez possa se interessar. Pela personalidade do nome Sociedade Dos Poetas Mortos, já espera-se uma trama impressionante, comovente, emocionante, lição de vida, companheirismo, repressão, realidade. Não tem como não estar  nos meus favoritos, me emociono sempre que vejo!



"Eu fui para a floresta porque queria viver deliberadamente, 
eu queria viver profundamente e sugar toda a essência da vida, 
acabar com tudo que não fosse vida para que quando minha morte chegasse 
eu não descobrisse que não vivi."

(Citado no filme Sociedade Dos Poetas Mortos)



Uma das cenas mais lindas ficou de fora da edição final, mas está no extras do DVD. Belíssimo!


"Sonhamos com o amanhã, e o amanhã não vem
Sonhamos com a glória, que não desejamos
Sonhamos com um novo dia, quando este já chegou
E fugimos da batalha, uma que deve ser enfrentada

Mesmo assim dormimos

Ouvimos a chamada, mas não a escutamos
Esperamos pelo futuro, quando não passa de planos
Sonhamos com a sabedoria, da qual fugimos diariamente
Oramos por um salvador, quando a salvação está em nossas mãos

Mesmo assim dormimos
Mesmo assim sonhamos,
Mesmo assim tememos,
Mesmo assim oramos,
Mesmo assim dormimos."


 
  

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Waters, Gilmour e Confortably Numb   

Sensação assim chega a me deixar sem ação, sem palavras, só as emoções parecem funcionar. Admiração aqui transborda ao extremo pela personalidade singular de Roger Waters e a voz maravilhosa de  David Gilmour. Fica o gostinho de Pink Floyd 2011! Em meio a tudo isso, nem preciso dizer nada, apenas sentir, só faço minha as palavras do meu caro amigo Diego Nogueira

"Boa sensação estranha de estar vivo pra ver isso..."
 


"Agora eu tenho essa sensação mais uma vez
Eu não posso explicar, você não iria compreender
Isto não é o que eu sou
Estou me tornando confortavelmente entorpecido..."

(Pink Floyd-Comfortably Numb)


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Heath Ledger - O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus




Após o impacto que o ator Heath Ledger causou na sua magnífica interpretação do Coringa em Batman O Cavaleiro das Trevas, vivenciava-se o ápice de um brilhante ator, mas, destinado a uma grande tragédia, e assim em janeiro de 2008, os amantes do cinema perderam um jovem admirável artista, lamentavelmente. Desde o filme Dez coisas que eu odeio em você, já era perceptível que o seu dom de atuação seria marcante cada vez mais, sendo assim em Coração de Cavaleiro, Honra & Coragem - As Quatro Plumas, O Devorador de Pecados, O Segredo de Brokeback Mountain (Um dos meus favoritos) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (Deixou sua marca, também favorito) a sua imagem parecia decolar num voo promissor. O fato é que a sua performance no papel do Coringa foi tão extraordinária que alguns críticos diziam ser, praticamente impossível, alguém superar sua atuação, e que o próprio Ledger talvez não conseguisse ter outra performance tão incrível, mas no seu último filme que ficou inacabado O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, ele mostrou que um grande ator será sempre um grande ator, não importa o personagem. Com a morte de Ledger em meio as gravações, o diretor Terry Gilliam pensou em cancelar o filme, mas foi proposto uma forma de dar continuidade a trama que contaria com a participação de johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell interpretando o personagem de Heath Ledger-Tony quando entrava no espelho imaginário. Essa idéia ficou tão perfeita ao que a história do filme propôs que todo esse mundo de ficção, magia, pareceu ideal a mudança de face sempre que entrava no mundo da imaginação, foi uma cartada de mestre. Ledger foi homenageado pela produção com a continuação da obra.

"É um filme independente de fantasia dirigido e escrito por Terry Gilliam, sob auxílio do roteirista Charles McKeown. O filme segue o líder de uma trupe de teatro itinerante que, tendo feito um pacto com o diabo, conduz o público através de um espelho mágico que explora suas imaginações..."(Wikipédia)

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus nada mais é do que uma expressão da nossa realidade, os pecados que cometemos, as histórias que refutamos em viver, os erros que tememos assumir, os sonhos que deixamos passar pela nossa vida, o capitalismo que nos consome, o egoísmo, o desejo de amar e ser amado. Esta é uma das grandes obras que o cinema já produziu, e digo, o mundo perdeu um magnífico ator!



 
 Heath Ledger-04/04/79-22/01/08



"...Imortais, não obstante, não ficarão velhos, ou gordos, não ficarão doentes, 
ou fracos, eles estão além do medo porque eles serão jovens para sempre..." 

(O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus)



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Chorando na chuva


O sonho atordoante tencionava paralizar os pensamentos gélidos em que Scarlett, por tantas vezes, fez questão de entorpecer. Um amor que partiu e um orgulho que se negava a tentar aceitá-lo de volta. Os instintos dizem que é medo de amar! Da janela encarava a brava chuva sem temer as dores internas que resultariam em solidão profunda. Nem o frio pôde impedi-la de misturar suas lágrimas quentes aos pingos rudes da chuva, uma sensação de renovação, leveza em seu espírito, como se quisesse provar a si mesma que conseguiria seguir em frente. Conselhos eram descartados sem nenhuma chance de consideração, sua própria opinião era a força que necessitava para manter os pés firmes, ainda assim, sentia que  suas noites permaneceriam sombrias, por tempos infindos, por vezes sofridas,  por horas caladas. Com a voz trêmula causada pelo frio da chuva, Scarlett repetia  por diversas vezes:

-Eu sobreviverei...



Eu nunca deixarei você ver
O jeito que meu coração partido está me machucando
Eu tenho meu orgulho e eu sei como esconder
Toda a minha tristeza e sofrimento.
Eu chorarei na chuva...


 ( A-Ha/ Crying In The Rain)


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 Brinde!

 



Brinde essa noite, a mesma que já concedeu o seu abraço acolhedor, que traduz a pureza fiel dos acalantos. Apenas brinde, aprisionando a hipocrisia, a mediocridade, a falsidade, libertando as energias positivas que se possam ser desejadas. Os que amam, choram, sorriem, sofrem, sonham, vivem...Oh, Brinde essa noite!


"Passa  o  tempo e a vida passa, e  eu de alma 
ingênua  acredito  num  sonho  doce,  infinito,
plenitude,  enlevo e graça que sem tortura ou  
revolta  estou cantando  ao luar, vamos dar a   
meia volta, volta e  meia vamos dar..."              

(Ciclo - Caetano Veloso)


(Grata a todos que me felicitaram por mais uma passagem de vida. Meus queridos, grande abraço)



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Por falar de amor



Refiz a outra canção perdida mais uma vez, só porque descobri indícios de que nossa sintonia está unida, mesmo lá e cá, mas já serve, apesar de leve, no íntimo intrínseco meu e naquele olhar blasé seu, nosso...


Ainda, a resposta se perde nos rodeios da timidez, insegurança, talvez a solidão seja mais insistente e mais forte do que o nosso querer, simples reféns...


A reciprocidade conduz a certeza mais incerta simbolizando o carinho repousado, só ao longe, o qual, transforma-se em fáceis percepções, a ligação interna...


O tempo nos favorece, meu bem. Chega de passear no esconderijo, tapeie a ilusão, venha para a luz e  entenda como as notas se encaixam melhor nessa  nova versão que fiz para nós...

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Pimpo e Frida




Finalmente encontrei. Foram dias procurando, pensando em todos os lugares possíveis onde eu poderia ter deixado, depois de muito mexer nos guardados, abro um sorrisão quando vejo ele louco pra ser lido novamente. Agora ele está bem guardado e não esqueço mais onde deixei.
"Minha Primeira Paixão" é um dos meus livros favoritos, daquelas leituras lá da adolescência, mas ainda hoje, gosto muito de relembrar a historinha de Pimpo e Frida, aqueles dois colegas de classe que se detestam, brigam feito cão e gato, e depois descobrem que são loucos de amor um pelo outro. Tão bonitinhos!
Só pra dar uma pausa nas leituras mais sérias e relaxar a mente com essas coisas docinhas juvenis.



"O  coração  disparou  dentro  do  peito e
um  friozinho  me   correu  pela  espinha, 
igual   quando  a  gente  fica  com   medo 
assistindo   o    filme   de    Drácula.   Mas
aquilo   nada   tinha   a   ver  com  medo. 
Nada a ver... Parecia que o mundo tinha 
sido inventado naquela hora. Nada mais 
parecia    existir    senão   eu   e   Frida..."

(pp. 79-80)


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Ocaso



O corpo inerte enquanto lágrimas esvaziavam o amargor do último pôr-do-sol, memorizava todas as palavras inversas em conflito com o eu. Era Outono, onde angústias costumavam perseguir seus instintos, temia ser a vítima, repetidamente. Nunca sentira a reciprocidade de um toque, até um olhar profundo juntar pedaços do que se entendia por sentimento, um beijo que jamais pôde esquecer. 
Não ouvia mais o seu Herói, quis arrancar seu coração, já não suportanto mais aquela dor, ainda com a aliança que os uniam na mão direita. Jurou ser a última vez que se entregaria a estupidez. Os passos pesavam necessitando repouso, o cansaço era visível, queria se esconder no abismo mais escuro, encostar-se nos pensamentos mais sombrios ao ler as líricas, agora borradas de lágrimas, que mostravam  toda paixão encarnada de um ser que respirava emoções. Derramou todo pranto que pôde, lastimando o abandono.
Insana, desistiu de amar, decidiu deixá-lo ir, sem formas de entender o porque. Despediu-se, e aquela  foi a última vez em que viu olhos de amor...


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