O sonho atordoante tencionava paralisar os pensamentos gélidos que Scarlett, por tantas vezes, fizera questão de entorpecer. Um amor que partira e um orgulho que se negava a aceitá-lo de volta. Os instintos diziam que era medo de amar.
Da janela, encarava a brava chuva sem temer as dores internas que resultariam em solidão profunda. Nem o frio pôde impedi-la de misturar suas lágrimas quentes aos pingos rudes da chuva — uma sensação de renovação, de leveza em seu espírito, como se quisesse provar a si mesma que conseguiria seguir em frente.
Conselhos eram descartados sem nenhuma chance de consideração; sua própria opinião era a força de que necessitava para manter os pés firmes. Ainda assim, sentia que suas noites permaneceriam sombrias — por tempos infindos, por vezes sofridas, por horas caladas. Com a voz trêmula, causada pelo frio da chuva, Scarlett repetia por diversas vezes: — Eu sobreviverei...







2 comentários:
Prima, gostei muito do seu blog! agora estarei por aqui tambem! :D
Ah, adorei Scarlet! muito mesmo! Ela e Brígida são muito parecidas!
Quem sabe elas não se encontram por aí e se tornam grandes amigas? rs
beijoss prima!
Ah, sim prima. Elas serão boas amigas! rs
bjão
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