De Sentidos
Raptarei alguns pirilampos, em cáusticas distrações
Levo algumas rosas, alecrim, para que o seu perfume e o
Há dias em que manifesto aquele anseio de sair por aí, em busca de desapegos (ou apegos), sentir a brisa acariciando minha pele, em qualquer demonstração de sentidos, sem hora pra voltar e sem precisar oferecer satisfações a ninguém. Já quis sumir de qualquer lugar em que estava, desejei chegar ao meu quarto, me enfiar no aconchego dos meus lençóis e nunca mais sair de lá. Já chorei até que meus olhos não fizessem mais questão de abrir e minha respiração se mostrasse fraquejada.
É certo que todos nós temos vontades e medos que jamais, nem eu, nem ninguém, algum dia poderemos explicar plenamente. Há muito o que chorar e mais ainda o que sorrir. Nos altos e baixos da vida, o único ser capaz de aveludar o caminho somos nós mesmos, com a força de vontade. De algum modo, percebe-se que a maior ajuda que obteremos é a que se esconde dentro de nós. A ajuda de pessoas importantes nos conforta, mas a fórmula está conosco, oculta, aguardando a ocasião exata para se apresentar.
Nesses céleres momentos, que eu ainda me desprenda dos medos, dos conceitos, e me sobre espaço para fixar a bagagem. Custa apenas tentar.
Das nuvens que parecem fugir de algum sarilho também..








