Encanto dos encontros
Ao dizer que a vida é a arte do encontro você citou o poeta que lhe inspirou. Procede inferir que é assim mesmo? Às vezes esperamos formalidades e ela nos traz descontração. Em meio a um trânsito frenético movimentado ao bel prazer do
Sr. Tempo, promove-se encontros que não precisam, necessariamente, alongar algumas
horas para girar nossos pensamentos de lugar. Estou falando de encanto, não de homem-mulher, Mestre-aprendiz, mas sim do encanto amizade. Gente que possui sede de mundo, de histórias, de
vida. Seres que compartilham as mesmas práticas, que expõem as emoções no
lugar merecido e racionalizam apenas o substancial, que falam de seus amores como bons e velhos
amigos confidentes e que trocam dedicatórias mesmo à parecer cartas
secretas e proibidas. Gente que sabe dividir uma boa garrafa de vinho e compartilhar conhecimentos, seja de política, filmes, livros, músicas, descobrindo a magia noturna regada à jazz, blues, rock, ou o som que o momento pede. Já me disseram que as pessoas com gostos parecidos tendem a se encontrar, como uma força que os unem, assim como o imã. Firma o transcendente. Às vezes, o encanto é sustentado pelo próprio encanto. Muitos podem não compreender, mas para essa espécie sedenta de mundo, isso prediz o seu sentido.
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