"Há um sinal na parede, mas ela quer ter certeza porque você sabe que às vezes as palavras têm duplo sentido...Às vezes todos os nossos pensamentos são inquietantes..."
Espaço de expressões, sensações, emoções e reflexões. Por Poemas En(cantos) Sentidos.
Ellys Soares
É de Lua e Som! ♪
Let It Be
The Beatles
*
Don't Cry
Baby, maybe, someday... Guns N' Roses
♪
"Eu protegi o teu nome por amor em um codinome beija flor..."
Lembrança
"Os bons momentos da vida vivemos ao lado de pessoas especiais, os maus momentos, quando o destino as levam." (Eder Soares)
"...Se amanhã sentires saudades, lembra-te da fantasia e sonha com tua próxima vitória. Vitória que todas as armas do mundo jamais conseguirão obter, porque é uma vitória que surge da paz e não do ressentimento.
É certo que irás encontrar situações tempestuosas novamente, mas haverá de ver sempre o lado bom da chuva que cai e não a faceta do raio que destrói..."
(Charles Chaplin)
*
"Correndo sobre este mesmo velho chão o que encontramos? Os mesmos velhos medos..." (Wish You Were Here-Pink Floyd)
O que acontece quando um mestre do blues é convidado para tocar na festa de aniversário de outro mestre do blues? Blues²!
O ano era 1989. Buddy Guy era o aniversariante e Stevie Ray Vaughan era ninguém mais, ninguém menos que o convidado de honra. Deu para sentir o peso da potência? Buddy decidiu comemorar o "Happy Birthday to You" junto dos amigos e de sua banda no Buddy Guy's Legend Club (seu clube de blues em Chicago).
A festa resultou em um álbum com quatro faixas apenas, mas fabuloso: Stevie Ray Vaughan & Buddy Guy – It's Still Called The Blues, recheado de improvisos de guitarra à la Vaughan, para escutar com estilo!
São tantas coisas para dizer que, nessas horas, as palavras travam, talvez pelo fato de não querer aceitar a realidade: o momento da despedida chegou. Por muitas vezes pensei em como seria quando esse dia chegasse e, assombrosamente, foi pior do que eu esperava; só de lembrar, sinto um forte aperto no peito. Cinco anos convivendo com as mesmas pessoas, só podia eu ter me apegado demais! Vou lembrar, sim, de cada momento: os bons, os ruins, as farras, os fuxicos, as brincadeiras, as brigas, os longos papos sobre músicas e filmes, o jogo da forca, o UNO, os abraços, o carinho, o chororô na despedida... Tudo ficará guardado em doces lembranças. Nossa, como passou rápido! Como vou sentir saudades!
Mas já que tem que ser assim, só me resta dizer um tchau com sabor de sorte e felicidades a todos os meus queridos amigos/irmãos. Que nossa união supere as distâncias!
Aos sobreviventes: Adriana; Alyne; Ana Paula; Anna Cynthia; Augusto; Cristopher (Pepé); Cyntya Jamille; Diego; Douglas; Francisca; Francisco; George; Gislanea; Janaína; José Berto; Josenildo; Luciana; Nadja; Mikaelly Rhayanne; Mariana; Maria José; Maria Cirana (Laíse); Raiza; Rosiane; Rosimeire (Meirinha); Samara; Tamiris; Thays; Vivianne.
E a todos que fizeram parte da turma (que foi escolhida a dedo) História-2008.1, minha enorme consideração e carinho. Foi uma honra ter conhecido vocês! Sucesso!
Nas minhas vasculhadas pela net, dou de cara com o documentário sobre a vida do ex-Beatle George Harrison, lançado este ano, já prontinho à minha espera. Logicamente, assisti, numa euforia louca, às suas mais de duas horas e meia de duração, que, de tão interessantes, passaram num piscar de olhos.
O longa, para quem curte Beatles, rock e música, é um prato cheio; e, para quem aprecia esse moço de expressão peculiar, está bem servido.
(...) A face empalideceu e as mãos frias abraçaram a xícara quente do café que tomava antes da aula, como se quisesse esquentar sua alma trêmula de emoção por estar novamente em frente ao seu amado Erick. Quanto tempo passou desde a última vez em que se viram! Tempo que serviu para confirmar o sentimento que Scarllet tanto queria fugir, pela agonia de não conseguir tirá-lo dos seus mais profundos pensamentos, pelo ciúme de pensar que o seu amor já não era mais recíproco. Sentiu fúria de si mesma ao vê-lo acariciando a mão da moça que estava ao seu lado, sua nova paixão, imaginando que certamente o seu pedido para esquecê-la tinha obtido sucesso.
Conteve-se, levantou a cabeça e olhou fixamente em direção a Erick. Olhavam-se como se não existisse mais ninguém ao redor, um olhar que dizia mais do que qualquer palavra pudesse ser expressada em mistos de rancor e felicidade, apenas pelo entusiasmo de estarem próximos novamente, o sentimento que brota de almas que anseiam uma pela outra, assim como a corça pela água.
A amargura tomou Scarllet naquele momento; sentia necessidade de sair do recinto antes que lágrimas escorressem pelo seu rosto. Levantou-se e foi até o balcão pagar o café, que não conseguiu tomar sequer a metade. A presença de Erick a afetou de uma maneira que surpreendeu até a si própria, com todo seu orgulho de mulher indomada.
De repente, sentiu alguém se aproximando de suas costas; o cheiro suave denunciou o jovem rapaz, o mesmo cheiro impregnado na camisa que Scarllet fez questão de guardar pelas lembranças dos momentos de amor e desejo, e que, por várias noites, serviu como lenço para suas lágrimas de saudade.
Sim, o cheiro de Erick deixou-a sem ação; teve medo de ser imprudente outra vez, mas sentiu suavemente o toque quente dos lábios do amado em seu ouvido e sorriu ao ouvi-lo dizer:
— Foi em você que eu pensei durante todo esse tempo que estive ausente!
"Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador..."
— “Quem quer que sejas” — disse o cetim — “não te gabo o gosto! Tomara eu saber o que vês em mim, que tanta impressão te faz!”
— “Nada” — respondeu o veludo.
— “Então, deixa-me, ou diz-me alguma coisa, ainda que seja uma sensaboria, mais eloquente que o teu silêncio.”
— “Não te quero embrutecer. Sei que tens muito espírito, e seria um crime de lesa-Carnaval se te dissesse alguma dessas graças salobras, capazes de fazer calar, para todo o sempre, um Demóstenes de dominó.”
Desde cedo já começa a especular-se quem serão as principais atrações da Feira do Côco, em São Gonçalo, Distrito de Sousa-PB, o que, para mim, representa uma das melhores festividades da região. Antes mesmo de iniciar o evento, lá vamos nós aos pitacos de qual banda de rock será a próxima convocada. Pitaco vai, pitaco vem, eis que sai a programação da Feira 2011, deixando todo mundo boquiaberto ao ver que a banda Biquini Cavadão nos daria o ar da sua graça/som pela 3ª vez, 2ª consecutiva. Isso mesmo, os moçoilos estiveram por aqui em 2007, 2010 e agora, no dia 11/11/2011. Essa repetitividade deixou muita gente desgostosa, já que há ainda algumas bandas de rock no cenário nacional e o povo quer curtir esses outros sons. Eu mesma exclamei: “Biquini de novo! Se tornou a banda propaganda da Feira do Côco!”
Algumas pessoas me disseram que não iriam porque já tinham ido no ano passado. Confesso que também relutei na dúvida do “vou ou não vou”. Daí, de repente, me cai a ficha de que, no ano inteiro, todas as festividades sempre trazem as mesmas bandas, suas Garotas Suadas da vida, que eu faço questão de nem aparecer por lá. Por que então, quando finalmente um evento traz uma banda que fez e faz história no rock nacional, com seus 25 anos de carreira, e que deixam essa rapaziada de hoje no chinelo, eu me jogaria na ociosidade só por ter ido aos dois shows anteriores? Não, esse bisar de canções não me cansa, e quantos outros mais houver, eu irei.
"Me deixe cavalgar nos seus desatinos,
Nas revoadas, redemoinhos,
Vento, ventania, me leve sem destino.
Quero juntar-me a você
E carregar os balões pro mar,
Quero enrolar as pipas nos fios,
Mandar meus beijos pelo ar
Vento, ventania,
Agora que estou solto na vida
Me leve pra qualquer lugar,
Me leve mas não me faça voltar...
(Vento Ventania)
Em meio a tantas pessoas, algumas que talvez nem sequer conheçam a trajetória da banda, mas que estavam cantando as músicas como se fossem hinos, pulando, curtindo; outras que talvez os acompanhem desde o começo; outras que, com gaiatice, se estranhavam querendo solucionar na porrada e tirando a paz dos que pretendiam curtir o show; e eu, além de eufórica por ter ficado em frente ao palco (turma do gargarejo), ainda divagava cá com meus botões: quanta história têm esses caras pra contar, e que satisfação a minha em estar ali, novamente!
Já dizem alguns amigos meus que quem faz a festa prestar é você mesmo, o seu astral, a sua vontade de se divertir. Sendo assim, esse foi para mim o 3º e melhor show do Biquini Cavadão! O corpo dolorido e a garganta arrasada são provas integrais disso.
"O que estaria por trás daquele sorriso? Tristeza camuflada? Vingança? Frieza? Talvez fosse apenas felicidade, simples e óbvia. Mas quem disse que ela era óbvia? Se nem Freud conseguiu dizer com exatidão, apenas revelou que era um continente obscuro. Como ela, que nada entendia de comportamento humano, saberia indicar a saída do labirinto? Era como desvendar o sorriso de Monalisa.
Quantas habitavam sua mente, seus quereres e qual predominava?
Descobriu que as pessoas não mudam; ela não mudou. Continuava ciumenta, teimosa, encrenqueira e sabia ser doce, contar histórias, inventar personagens, mudar as lentes da realidade em busca do cenário do sonho...
Sentia saudade do cheiro da verdade, daqueles que dizem o que pensam, mas, principalmente, daqueles que não fazem a menor ideia de para onde estão indo, por não possuírem a arrogância dos que sabem tudo. Preferiu deixar suas gavetas internas bagunçadas; era assim que se achava.
Sentia as pinceladas do vento no rosto e gostava do arco-íris feito de riso. Ela era a pressa encolhida no meio da timidez ou a garra que a segurava na loucura... Todos os medos não cabiam na proporção exata; eram eles que a cobriam de luz e, às vezes, de escuridão.
Além de mulher, ela era o presente de um verão perfeito, o preto e branco ocasional do inverno e a presença inoportuna da primavera no meio de um outono esvoaçante.
Sim, ela preferia a incerteza dos amores amassados na gaveta do que a perfeição traiçoeira de um amor alinhado e démodé. Ela almejava as nuvens sem se importar com a indisposição da chuva, porque, além de secar-se sob o sol, ela pendurava todas as perguntas na cara do vento."
(R. Fagundes/J. Fuzetto)
/Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada,
Do tempo que transforma todo amor em quase nada.
Mas "quase" também é mais um detalhe.../
"Um dia ainda hei de ser capaz de me agarrar às asas
de uma águia, e voar com ela.Levarei comigo um
pedaço de noite na confusão da minha mala.
Não posso esquecer de levar livros, canetas e papel. Raptarei alguns pirilampos, em cáusticas distrações
nas videiras para que os possa admirar fascinada à noite! Levo algumas rosas, alecrim, para que o seu perfume e o
sentido da Primavera perdurem..."
Há dias em que manifesto aquele anseio de sair por aí, em busca de desapegos (ou apegos), sentir a brisa acariciando minha pele, em qualquer demonstração de sentidos, sem hora pra voltar e sem precisar oferecer satisfações a ninguém. Já quis sumir de qualquer lugar em que estava, desejei chegar ao meu quarto, me enfiar no aconchego dos meus lençóis e nunca mais sair de lá. Já chorei até que meus olhos não fizessem mais questão de abrir e minha respiração se mostrasse fraquejada.
É certo que todos nós temos vontades e medos que jamais, nem eu, nem ninguém, algum dia poderemos explicar plenamente. Há muito o que chorar e mais ainda o que sorrir. Nos altos e baixos da vida, o único ser capaz de aveludar o caminho somos nós mesmos, com a força de vontade. De algum modo, percebe-se que a maior ajuda que obteremos é a que se esconde dentro de nós. A ajuda de pessoas importantes nos conforta, mas a fórmula está conosco, oculta, aguardando a ocasião exata para se apresentar.
Nesses céleres momentos, que eu ainda me desprenda dos medos, dos conceitos, e me sobre espaço para fixar a bagagem. Custa apenas tentar.
"Se me agarrar a essa águia ficarei lá em cima, sim…
Onde o horizonte se confunde com o rendilhado Das nuvens que parecem fugir de algum sarilho também..
Se é para enlouquecer, quero enlouquecer nas nuvens..."
É mais fácil perceber as estampas sobre a tela,
o tal intencionado, sem as certas máculas camufladas.
Mas nem as flores, nem as luzes amenizaram
a extensão de um setembro oblíquo,
por horas deserto.
Foi-se… e vai-te em paz!
Nada fácil de aceitar, após fatigadas tentativas de reestruturação física, mental e emocional, que traduziam a única forma de não poder fugir. Deparar-se com fatos extremos de impiedade e frieza, que, humanizados, de tanta beleza chegam a ser robóticos. Rompendo afetos que nem sequer chegaram a ter vínculos, mas que muito diziam, apenas unilateralmente, e não era necessário para se convencer da reciprocidade. Amando quem transparecia ruídos de já não possuir sentimentos, há tempos todas as brechas estavam tampadas, e o erro foi de quem não percebeu e escolheu mergulhar nesse desconhecido, atraente, mas transbordando perfídia.
Enganos que o coração bloqueia para que se caminhe a esmo, longe dos fatídicos planos do destino, e, ao despertar lá do alto, despencar no solo sem amortecedores. Nisso, as mágoas espalham-se vorazmente, destruindo a essência de um ser. Procura-se culpas e culpados como forma de amenizar a dor, em vão.
Por algum tempo ainda resistiu, mas o impacto da realidade deixou-o retraído, sem forças. Percebeu que um único coração não pode pulsar por dois corpos. Findou-se o conflitante retrato de mentiras na contramão, de canção sem notas, de olhar sem expressão, de beijo sem calor, de corpo sem alma. Ele apenas disse adeus ao que sobrou!
"Pintar outra foto preto e azul
Tomar outro momento um ou dois
Só para te esquecer...
Dê uma olhada em que costumava ser
Agora eu sou apenas um navio perdido no mar..." (Goodbye To The Girl-David Cook)
1 – Nunca confie em um policial com capa de chuva;
2 – Cuidado com o entusiasmo e com o amor: os dois são temporários e mudam muito rápido;
3 – Quando perguntarem se você se importa com os problemas do mundo, olhe bem nos olhos de quem perguntou; a pessoa não vai te perguntar de novo;
4 – Nunca dê seu nome verdadeiro;
5 – Se mandarem olhar para si mesmo, nunca olhe;
6 – Nunca diga ou faça nada que a pessoa à sua frente não possa entender;
7 – Nunca crie nada novo: você será mal interpretado, isso vai acorrentá-lo e persegui-lo pelo resto da vida, e nunca vai mudar."
(Filme - I'm Not There)
"Esta é uma jornada nada convencional dentro da vida das várias fases de Bob Dylan...É um rico e colorido retrato desse sempre alusivo ícone americano. Poeta, profeta, marginal, fora-da-lei, um dissimulado, um astro, mártir do rock & roll e um cristão renascido – sete identidades trançadas juntas. Sete órgãos vibrando e explodindo na história de uma única vida. De jovem menestrel a profeta folk, de poeta moderno a roqueiro, de ícone da contracultura a cristão renascido, de caubói solitário a popstar."
Ouvindo algumas versões da música Gloomy Sunday, chego a sentir um arrepio pela profundidade sombria que está por trás dela. Essa canção foi composta pelo pianista e compositor húngaro Rezsõ Seress, e tristemente foi associada a uma lenda urbana originada pela própria vida do compositor, o que lhe conferiu bastante notoriedade. Dizia-se que a canção trazia uma mensagem subliminar que levava as pessoas que a ouviam a cometer suicídio. Esse mito teve origem no suicídio do próprio Seress, aparentemente por motivos amorosos, e logo em seguida foi sustentado por uma série de suicídios por onde quer que a música passasse (o mito ainda persiste até hoje).
Essa “Hungarian suicide song”, como era chamada quando chegou aos EUA em 1936, nas vésperas da Segunda Guerra Mundial e ainda em plena ressaca da Grande Depressão, que assolou o mundo com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929, foi um dos primeiros casos de exploração publicitária de um mito urbano, o que a tornou um enorme sucesso.
Através desse cenário desolador, que persistiu por alguns anos e trouxe complexos psicológicos e emocionais para uma população já sem soluções para seus problemas, é de se esperar que, ao ouvirem a versão original de Seress, as pessoas se deparassem com um ambiente de tristeza que atravessa toda a música, cuja letra transmite um espírito de desespero e ausência de esperança.
"É Outono e as folhas estão a cair
Na Terra todo o amor morreu
O vento está a carpir com lágrimas tristes
O meu coração não mais esperará por uma nova primavera
As minhas lágrimas e as minhas mágoas são todas em vão
As pessoas são impiedosas, gananciosas e perversas...
O Amor morreu!
O mundo chegou ao seu termo, a esperança deixou de ter significado
Cidades estão a ser devastadas, o estilhaçar está a fazer música
Prados tingem-se de vermelho com sangue humano
Abundam mortos nas ruas
Direi outra prece silenciosa:
As pessoas são pecadoras, Senhor, elas cometem erros...
O mundo acabou!"
(Gloomy Sunday - Reszô Seress)
Logo se tentou suavizar o tom de desespero excessivo, o que resultou na substituição da letra original por versos menos dramáticos do poeta húngaro László Jávor. Depois, surgiram duas versões em inglês: uma por Sam Lewis e outra por Desmond Carter. A versão de Carter é mais dramática e sombria, mas menos popular que a de Lewis, que, ao meu ver, é tão melancólica quanto.
Lewis foi mais interpretado no meio musical por cantores como Billie Holiday, Elvis Costello, Sarah Brightman, Björk, The Associates, Sarah McLachlan, Sinéad O’Connor, Heather Nova, entre outros.
(Cenas do filme Gloomy Sunday - Ein Lied von Liebe und Tod)
"Domingos são sombrios, as minhas horas sem sono Queridas são as inúmeras sombras com as quais convivo Pequenas flores brancas nunca te acordarão Pelo menos não aonde a carruagem negra da dor te levou Os anjos não pensam em te devolver jamais Será que eles ficariam zangados se eu me juntasse a ti? Domingo sombrio.
Tenebrosos são os Domingos passados nas sombras
O meu coração e eu decidimos acabar com tudo
Daqui a pouco haverão velas e orações que dizem saber
Mas não os deixem chorar, deixem saber
O quão feliz estou por partir. A morte não é um sonho
Pois na morte eu te acaricio com o último suspiro da minha alma
Eu te abençoarei.
Domingo sombrio.
Sonhando, eu estava apenas sonhando, Acordo
e encontro-te a dormir no fundo do meu coração
Meu querido, eu espero que o meu sonho nunca te persiga
Aqui, gosto de mostrar minhas impressões sobre algo que me toca, e alguém que já conheça o assunto possa se identificar; e, se não conhece, talvez possa se interessar. Pela personalidade do nome Sociedade dos Poetas Mortos, já se espera uma trama impressionante, comovente, emocionante, com lições de vida, companheirismo, repressão e realidade. Não tem como não estar entre os meus favoritos — me emociono sempre que vejo!
"Eu fui para a floresta porque queria viver deliberadamente,
eu queria viver profundamente e sugar toda a essência da vida,
acabar com tudo que não fosse vida para que quando minha morte chegasse
eu não descobrisse que não vivi."
Uma das cenas mais lindas ficou de fora da edição final, mas está nos extras do DVD. Belíssimo!
"Sonhamos com o amanhã, e o amanhã não vem
Sonhamos com a glória, que não desejamos
Sonhamos com um novo dia, quando este já chegou
E fugimos da batalha, uma que deve ser enfrentada
Mesmo assim dormimos
Ouvimos a chamada, mas não a escutamos
Esperamos pelo futuro, quando não passa de planos
Sonhamos com a sabedoria, da qual fugimos diariamente
Oramos por um salvador, quando a salvação está em nossas mãos
Sensação assim chega a me deixar sem ação, sem palavras; só as emoções parecem funcionar. Admiração aqui transborda ao extremo pela personalidade singular de Roger Waters e pela voz maravilhosa de David Gilmour. Fica o gostinho de Pink Floyd 2011! Em meio a tudo isso, nem preciso dizer nada, apenas sentir. Só faço minha as palavras do meu caro amigo Diego Nogueira:
"Boa sensação estranha de estar vivo pra ver isso!"
"Agora eu tenho essa sensação mais uma vez Eu não posso explicar, você não iria compreender Isto não é o que eu sou Estou me tornando confortavelmente entorpecido..."
Heath Ledger - O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
Após o impacto que o ator Heath Ledger causou em sua magnífica interpretação do Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas, vivenciava-se o ápice de um brilhante ator, mas destinado a uma grande tragédia. Assim, em janeiro de 2008, os amantes do cinema perderam um jovem e admirável artista, lamentavelmente.
Desde o filme Dez Coisas que Eu Odeio em Você, já era perceptível que seu dom de atuação seria cada vez mais marcante. Assim, em Coração de Cavaleiro, Honra & Coragem – As Quatro Plumas, O Devorador de Pecados, O Segredo de Brokeback Mountain (um dos meus favoritos) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (deixou sua marca, também favorito), sua imagem parecia decolar em um voo promissor.
O fato é que sua performance no papel do Coringa foi tão extraordinária que alguns críticos diziam ser praticamente impossível alguém superar sua atuação, e que o próprio Ledger talvez não conseguisse ter outra performance tão incrível. Mas, em seu último filme, que ficou inacabado, O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, ele mostrou que um grande ator será sempre um grande ator, não importa o personagem.
Com a morte de Ledger em meio às gravações, o diretor Terry Gilliam pensou em cancelar o filme, mas foi proposta uma forma de dar continuidade à trama: contar com a participação de Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell interpretando o personagem de Heath Ledger – Tony – quando este entrava no espelho imaginário. Essa ideia se mostrou tão perfeita ao que a história do filme propunha que todo esse mundo de ficção e magia parecia ideal; a mudança de face sempre que Tony entrava no mundo da imaginação foi uma cartada de mestre. Ledger foi homenageado pela produção com a continuidade da obra.
"É um filme independente de fantasia dirigido e escrito por Terry Gilliam, sob auxílio do roteirista CharlesMcKeown. O filme segue o líder de uma trupe de teatro itinerante que, tendo feito um pacto com o diabo, conduz o público através de um espelho mágico que explora suas imaginações..."
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus nada mais é do que uma expressão da nossa realidade: os pecados que cometemos, as histórias que refutamos viver, os erros que tememos assumir, os sonhos que deixamos passar pela nossa vida, o capitalismo que nos consome, o egoísmo, o desejo de amar e ser amado.
Esta é uma das grandes obras que o cinema já produziu, e digo: o mundo perdeu um magnífico ator!
Heath Ledger - 04/04/79 - 22/01/08
"...Imortais, não obstante, não ficarão velhos, ou gordos, não ficarão doentes, ou fracos, eles estão além do medo porque eles serão jovens para sempre..."
O sonho atordoante tencionava paralisar os pensamentos gélidos que Scarlett, por tantas vezes, fizera questão de entorpecer. Um amor que partira e um orgulho que se negava a aceitá-lo de volta. Os instintos diziam que era medo de amar.
Da janela, encarava a brava chuva sem temer as dores internas que resultariam em solidão profunda. Nem o frio pôde impedi-la de misturar suas lágrimas quentes aos pingos rudes da chuva — uma sensação de renovação, de leveza em seu espírito, como se quisesse provar a si mesma que conseguiria seguir em frente.
Conselhos eram descartados sem nenhuma chance de consideração; sua própria opinião era a força de que necessitava para manter os pés firmes. Ainda assim, sentia que suas noites permaneceriam sombrias — por tempos infindos, por vezes sofridas, por horas caladas. Com a voz trêmula, causada pelo frio da chuva, Scarlett repetia por diversas vezes: — Eu sobreviverei...
Eu nunca deixarei você ver
O jeito que meu coração partido está me machucando
Brinde essa noite, a mesma que já concedeu o seu abraço acolhedor, que traduz a pureza fiel dos acalantos. Apenas brinde, aprisionando a hipocrisia, a mediocridade e a falsidade, libertando as energias positivas que possam ser desejadas. Os que amam, choram, sorriem, sofrem, sonham, vivem. Oh, brinde essa noite!
Refiz a outra canção perdida mais uma vez, só porque descobri indícios de que nossa sintonia permanece unida, mesmo lá e cá. Mas já serve, apesar de leve, no íntimo intrínseco meu e naquele olhar blasé seu — nosso.
Ainda assim, a resposta se perde nos rodeios da timidez e da insegurança. Talvez a solidão seja mais insistente e mais forte do que o nosso querer — simples reféns.
A reciprocidade conduz a certeza mais incerta, simbolizando o carinho repousado, só ao longe, o qual se transforma em fáceis percepções: a ligação interna.
O tempo nos favorece, meu bem. Chega de passear no esconderijo; tapeie a ilusão, venha para a luz e entenda como as notas se encaixam melhor nessa nova versão que fiz para nós.
Finalmente encontrei! Foram dias procurando, pensando em todos os lugares possíveis onde eu poderia tê-lo deixado. Depois de muito mexer nos guardados, abro um sorrisão ao vê-lo ali, louco para ser lido novamente. Agora ele está bem guardado e, desta vez, não esqueço mais onde deixei.
"Minha Primeira Paixão" é um dos meus livros favoritos, daquelas leituras lá da adolescência, mas ainda hoje gosto muito de relembrar a historinha de Pimpo e Frida, aqueles dois colegas de classe que se detestam, brigam feito cão e gato, e depois descobrem que são loucos de amor um pelo outro. Tão bonitinhos!
Só para dar uma pausa nas leituras mais sérias e relaxar a mente com essas coisinhas docinhas e juvenis.
O corpo inerte, enquanto lágrimas esvaziavam o amargor do último pôr do sol, memorizava todas as palavras inversas em conflito com o eu. Era outono, época em que as angústias costumavam perseguir seus instintos; temia ser a vítima, repetidamente. Nunca sentira a reciprocidade de um toque, até que um olhar profundo juntou os pedaços do que se entendia por sentimento — um beijo que jamais pôde esquecer.
Não ouvia mais o seu herói. Quis arrancar o próprio coração, já não suportando mais aquela dor, ainda com a aliança que os unia na mão direita. Jurou ser a última vez que se entregaria à estupidez. Os passos pesavam, necessitando repouso; o cansaço era visível. Queria se esconder no abismo mais escuro, encostar-se nos pensamentos mais sombrios ao ler as líricas — agora borradas de lágrimas — que mostravam toda a paixão encarnada de um ser que respirava emoções. Derramou todo o pranto que pôde, lastimando o abandono.
Insana, desistiu de amar. Decidiu deixá-lo ir, sem formas de entender o porquê. Despediu-se, e aquela foi a última vez em que viu olhos de amor.
Sobre uma garota que veio para ficar? She's the kind of girl you want so much
Você a deseja tanto
It makes you sorry
que chega a lamentar
Still you don't regret a single day. Mas não se arrepende um só dia.
Ah girl!girl!
Ah garota! garota!
(Girl)
Pronto, fisgou! Todos que curtem a melhor banda de todos os tempos, The Beatles, querem ver o filme até o fim, já esperando mais interpretações de suas músicas.
Foi assim que meu domingo amanheceu, com aquela vontade imensa de rever Across the Universe, ouvir as versões que eles fizeram das músicas, que ficaram lindas. A minha Blackbird, interpretada por Evan Rachel Wood, ficou espetacular!
Blackbird singing in the dead of night
Pássaro preto cantando no silêncio da noite Take these broken wings and learn to fly
Pegue estas asas quebradas e aprenda a voar
All your life
Toda sua vida You were only waiting for this moment to arise...
Você somente estava aguardando esse momento para alçar vôo...
(Blackbird)
"...Pensamentos vagueiam como um vento indócil dentro de uma caixa postal, eles tropeçam, às cegas, enquanto atravessam o universo..."
"...Olho para o mundo e percebo que está virando, enquanto minha guitarra gentilmente chora..."
Não há palavra que me defina, porque a própria palavra se recusa a tal.
Assim como todos, tenho certezas, incertezas e defeitos.
Acredito em Deus, em almas e aposto no amor verdadeiro.
Não gosto de café, mas aprecio vinho.
Prefiro o salgado ao doce, a noite ao dia.
Não tenho banda, artista, música ou qualquer outra coisa favorita; tenho FAVORITOS.
Queria ter nascido em outra época.
Sinto muita tristeza quando chove, sou sensível ao frio.
Tenho receio do futuro, da dor, mas não da morte.
Tenho constantes déjà vu.
Amo o som de guitarra. Amo a música.
Sou fascinada pela lua, pelo mar.
Sou compreensiva, mas perco a paciência com facilidade.
Não tenho muitos amigos, e alguns estão longe.
Faço história, mas quero ser psicóloga.
Às vezes tento ser inconstante, mas sou difícil mudar de opinião.
Tudo isso por ter a fórmula humana correndo por minhas veias.
Sensibilidades que afloram de um som inebriante,
transportando ao ego vibrações em perfeita sintonia,
a quem é escolhida pela singela forma de entoar a
melhor versão de Sacrifice.
"E não é nenhum sacrifício, apenas uma simples palavra,
são dois corações vivendo em dois mundos separados..."
Eles fizeram parte da minha adolescência, uma expressão de orgulho! Com 17 anos de carreira, eles provaram que é possível sobreviver às reviravoltas que o mundo dá. Em meio à explosão das boy bands pop, que ocorreu no finalzinho dos anos 90 e início dos anos 2000, os garotos dos Backstreet Boys foram os que mais chamaram minha atenção; N'Sync, Westlife e outras eram consequências disso. Hoje, a crítica cai sobre eles com bastante acidez, mas quero explicar por que não faço parte desse rol.
Reconheço o trabalho desses meninos com grande admiração. Sempre fui fascinada por back vocal, e uma das coisas que me conquistou neles foi a facilidade com que misturavam suas vozes, formando uma sintonia perfeita. O elo que os mantinha unidos transparecia de forma verdadeira, tanto que se mantém até hoje. Mas o principal motivo que me inspira a tê-los como favoritos é a felicidade transbordante que me invade e renasce minha alma. Não é exagero: sinto-me verdadeiramente como se tivesse 15 anos, aqueles anos felizes e sonhadores de primeiras paixões inocentes, tempo de colegial, em que os amigos pareciam mais parceiros, tempo que só deixou lembranças…
Tenho esses garotos como aqueles cinco amigos que se juntam para brincar de fazer música. Ao mesmo tempo em que unem suas vozes formando canções, também estão se divertindo como um hobby. Isso me lembra o tempo em que eu me juntava com alguns amigos para fazer o mesmo, pura diversão — mas eles são profissionais. Ah, como esquecer os meninos que formavam um grupo para apresentar nas gincanas dos colégios? Rs, era fantástico, muito divertido.
Dito isso, exponho minha satisfação de ter curtido o show deles em Recife-PE, no Chevrolet Hall, dia 18/02/11, apresentando a turnê do álbum This Is Us. Nossa, como eu me diverti! Espero que eles venham mais vezes, pois irei novamente, sempre! Só gostaria que tivessem cantado pelo menos uma música do álbum Unbreakable, o melhor deles, sem dúvida. Também lamento a saída de Kevin Richardson, que deixou o grupo em 2006. Fora isso, tudo perfeito!